Vivências. Cultura. Comunidade.
Durante o Retiro Shipibo, há momentos em que os participantes têm a oportunidade de conhecer aspectos da vida cotidiana e da expressão cultural da comunidade indígena.
Essas vivências não fazem parte direta do tratamento com as plantas, mas estão ligadas à experiência de estar em território indígena, com escuta, respeito e atenção ao modo de vida local.
Geralmente, são atividades organizadas e oferecidas pelas mulheres da comunidade, de forma espontânea e em sintonia com o ritmo do retiro. São momentos de partilha, aprendizado e conexão com práticas que integram corpo, espiritualidade e tradição.




Kené. Pintura.
Na tradição Shipibo-Konibo, a pintura corporal com kené carrega significados espirituais e funções curativas.
Os desenhos — traçados com o pigmento da planta huíto (jenipapo) — se ativam durante as cerimônias, em ressonância com os ícaros recebidos. O local do corpo onde são aplicados indica a intenção terapêutica daquela marca.
Bordado. Aprendizado.
As aulas de bordado são conduzidas pelas artesãs da comunidade, que compartilham com os participantes os pontos, símbolos e significados dessa prática ancestral.
Mais do que técnica, o bordado é uma forma de silêncio, escuta e transmissão — um espaço de presença e integração com a tradição feminina Shipibo-Konibo.




Artesania. Feira.
A feira de artesanato é um espaço para conhecer, apoiar e valorizar a produção artística das mulheres da comunidade Shipibo-Konibo. Tapeçarias, bordados, instrumentos, perfumes e objetos ritualísticos são apresentados e vendidos pelas próprias criadoras.
Adquirir essas peças é também uma forma de sustentar diretamente a continuidade dessa tradição viva.
Ucayali. Rio. Passeio.
Durante o retiro, o grupo realiza um passeio de barco pela lagoa Yarinacocha e pelo rio Ucayali, navegando por paisagens amplas, cheias de vida e silêncio. Ao longo do trajeto, há a possibilidade de avistar golfinhos e botos amazônicos, que costumam aparecer nas águas da região.
O passeio pode incluir paradas em pontos especiais às margens do rio, um almoço coletivo preparado com ingredientes locais e, ao final, um banho de rio — momento de reconexão com a natureza, o corpo e a força das águas.
A rota pode variar conforme as condições de acesso e o nível do rio, que mudam ao longo do ano. É uma vivência profunda de presença e escuta com o território amazônico.


